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Misteriosos 27 anos
Li, em fevereiro, uma matéria da revista online Guia da Semana, recebida por um amigo por e-mail. Logo pensei que seria legal mencionar do que se tratava, depois que se acabasse a série sobre os melhores guitarristas do mundo. Esse artigo, de Humberto Baraldi (é bom sempre creditar os autores), é fruto de uma investigação de fatos ocorridos com músicos famosos e ricos em suas épocas. Eles têm algo em comum, e no mínimo misterioso, que é a idade em que morreram. São no total nove nomes reunidos pela matéria e mais um que acrescentei por conta própria, formando uma lista com dez nomes inconfundíveis.
Para começar, vou apresentar os menos famosos e conhecidos pelas gerações atuais (para não nos assustarmos logo de início...). Temos como presente na lista
Johnny Kidd, ou Frederick Heath. Foi vocalista de uma banda inglesa da época do início dos Beatles, chamada Johnny Kidd and The Pirates. Morreu aos 27 anos, em um acidente de carro, no ano de 1966.
Líder da banda de blues Canned Heat, Alan “Blind Owl” Wilson morreu por causa de overdose por drogas. Ainda não se sabe bem ao certo se é esse o motivo, pois os resultados da necropsia são inconclusos.
Outro que faleceu por overdose, de heroína, foi Gary Thain, integrante da banda Uriah Heep. Para variar, aos 27, em 1975. Na imprensa da época, rolavam dúvidas se ele tinha realmente morrido por excesso de drogas ou por conta de um choque elétrico durante um show.
Em 1978, o guitarrista e cantor da banda Big Star, Chris Bell, morreu em acidente de carro. Nem preciso dizer com que idade.
Esses próximos nomes serão bem lembrados por você. Começando por, talvez, a morte de um famoso mais misteriosa e chocante. Kurt Cobain, líder e vocalista do Nirvana, se suicidou com um tiro de espingarda calibre 12 na cabeça. O fato aconteceu na década de 90, no auge da fama da banda. Deixou uma carta escrita a tinta vermelha para a mulher e a filha pequena, na época. Antes do disparo, tinha se drogado com heroína. Alguns dizem que alguém tão dopado assim não poderia empunhar uma espingarda e puxar o gatilho, mas há controvérsias...
Da mais misteriosa para a mais conhecida (muito misteriosa também): o melhor guitarrista de todos os tempos, Jimi Hendrix. Morreu aos 27 anos, em um quarto de hotel, em Berlim. A “teoria” mais aceita é a que ele tomou cerca de dez pílulas para dormir, causando uma overdose. Ao adormecer, faleceu asfixiado em seu próprio vômito, em 1970.
Um ano antes, o “ex-Stone” Brian Jones foi encontrado morto na piscina de sua casa. A maior suspeita é a de excesso de drogas. Aos 27 anos, deixou os Rolling Stones e entrou em depressão, vindo a falecer.
O lado feminino da lista é representado pela cantora Janis Joplin. A artista ficou para a história por ser a maior intérprete branca do “blues negro” dos Estados Unidos. O motivo, já repetido: overdose por heroína.
O representante brasileiro é o grande compositor Noel Rosa. Fez grande sucesso nos primórdios do samba, no começo do século passado. Aos 27 anos, deixou o país em lágrimas, lutando contra uma forte tuberculose. Sua extensa obra influencia inúmeros sambistas.
Fechando a lista macabra, Jim Morrison, vocalista e líder do The Doors, que tem uma verdadeira nação de fãs pelo mundo inteiro, apesar de o grupo ter se desmanchado no começo da década de 70. Jim foi encontrado, em 1971, pela sua namorada, morto na banheira de seu apartamento em Paris. A autópsia revelou a causa: ataque cardíaco e problemas respiratórios.
Depois de fechar uma lista com os dez melhores guitarristas do mundo, não é o melhor a fazer exibir uma lista com celebridades já falecidas da música. Apesar de tudo, o número 27 representa uma grande mudança na vida das pessoas, mudança essa que, infelizmente, foi negativa para todos esses músicos, muitos deles brilhantes.
BEAT
Acústico a rigor
A banda Ultraje a Rigor lançou no final de 2005 o DVD Ultraje a Rigor MTV Acústico. Com grandes sucessos hilários, como Pelado e Ciúme, e críticos, como Inútil, o show foi encerrado com a clássica Vamos Invadir Sua Praia. Nos extras, making of, três faixas adicionais e entrevistas, inclusive com o guitarrista do Ira!, Edgard Scandurra, que começou no Ultraje. O símbolo da banda, o periscópio de submarino, não podia estar de fora e, para variar, é a capa do DVD.
TRÊS
Três músicas para se ouvir nos momentos de solidão:
Brothers in Arms – Dire Straits
This Ain’t a Love Song – Bon Jovi
The Hardest Part – Coldplay
Edição 930 (10 de março de 2007)
