Edição 995 (7 de junho de 2008)

Esporte para os dedos

jogo Guitar Hero agrada muita gente que nem mesmo joga videogame. O motivo é o repertório, que contém apenas clássicos do rock and roll. Nas três edições já lançadas, riffs marcantes como os de Smoke On The Water e You Really Got Me puderam ser executados nos teclados de computadores, controles de videogames e até mesmo em pequenas guitarras fabricadas para o jogo no planeta inteiro! O game é uma febre no mundo, no Brasil e, especializando mais ainda, em São José do Rio Pardo também.

E o mercado para a franquia Guitar Hero tende só a aumentar. Pouco tempo após o lançamento do terceiro jogo da série, mais duas novidades estão prontas para chegar às mãos dos fanáticos jogadores: “Guitar Hero: Aerosmith” e “Guitar Hero: On Tour” (ou “Guitar Hero 4”). A primeira é uma versão diferente do jogo, pois contém apenas músicas da banda Aerosmith, com exceção de outras que os integrantes do grupo quiseram incluir no jogo. O contexto do jogo narra a história do grupo de hard rock norte-americano, seguindo a ordem real dos fatos. O lançamento está previsto para o dia 29 deste mês. Já a segunda novidade é a esperada quarta edição do game, que não vai mudar apenas no playlist e nos gráficos, mas também nos instrumentos “tocados”. Assim como no jogo rival “Rock Band”, o jogador pode escolher se quer fazer a linha da guitarra, do baixo, do teclado ou até mesmo da bateria. Segundo o site da Activision, fabricante do jogo, o “Guitar Hero 4” deve ser lançado “no período das férias escolares dos Estados Unidos”, ou seja, daqui a um ou dois meses.

Toda a agitação em torno desses lançamentos foi dobrada nesta semana. Na terça-feira foi publicada a seguinte nota no site do Metallica: “Um ‘Guitar Hero’ só do Metallica: fato ou ficção? Vamos apenas dizer que talvez, apenas talvez, se você já tiver dominado One no ‘Guitar Hero III: Legends of Rock’, pode haver um pacote de músicas do Metallica no futuro. Mais detalhes no meio do ano...”. O jeito é esperar e impreterivelmente se surpreender cada vez mais com o sucesso do jogo. Não vai demorar muito para que outras edições especiais de bandas famosas comecem a surgir. Sorte de quem aliou a fome à vontade de comer: jogar “Guitar Hero” e gostar de rock é uma combinação bastante perfeita.

Som de qualidade

or volta da meia-noite, começou a tocar uma vinheta que todo mundo reconheceu na hora: a sinfonia de relógios e despertadores da Time, do Pink Floyd. Era o começo do show da banda Electra, no sábado passado, dia 31 de maio, nas piscinas da AAR. Passado todo o clima da misteriosa introdução da música, entra o grupo todo para fazer uma apresentação sensacional. Os músicos são de extrema qualidade, inclusive o guitarrista rio-pardense Fernando Calsoni. O som estava perfeitamente ajustado, sem estouros, sem microfonias. Tudo em perfeita harmonia para destacar o principal fator da noite, o porquê das não muitas pessoas que ficaram até cerca de 4 horas da madrugada no salão ao lado da piscina do clube. Esse fator era o repertório.

Apesar do ecletismo, nada além do bom e velho rock and roll das décadas passadas. Muita música elétrica como a You Shook Me All Night Long, do AC/DC, o ápice do show. Clássicos como Rock And Roll All Nite e Smoke On The Water não ficaram de fora. Outras com intensa participação do público foram a Born To Be Wild e a Mr. Crowley, em que o tecladista e o guitarrista arrebentaram na introdução e no solo respectivamente. Além de muita coisa que não me lembro, rolou também Queen (I Want To Break Free, Radio Ga Ga, We Will Rock You e uma parte da Bohemian Rhapsody), Led Zeppelin (Rock And Roll) e duas em que o cantor mostrou que é bom mesmo: Wasting Love, do Iron Maiden, e Tears Of The Dragon, da carreira solo do Bruce Dickinson. Canta demais ele. Como Pink Floyd não faz mal a ninguém, logo veio de baldada: além da Time, teve Another Brick In The Wall, Shine On You Crazy Diamond e a romântica Wish You Were Here. Para terminar, Perfect Strangers e uma parte de mais uma do Pink Floyd, Run Like Hell.

Foi uma noite fantástica. Parabenizo aqui os músicos, a produção do evento e todos os presentes, que não perderam a animação em momento algum. Aos que não foram, não percam a próxima.