Edição 1002 (26 de julho de 2008)

Queen sem Freddie Mercury?



esde 2005, dois dos membros remanescentes do Queen, Brian May e Roger Taylor, fazem apresentações com o grupo chamado “Queen + Paul Rodgers”, que conta com Paul Rodgers no vocal. A jogada de usar o nome do vocalista separado do grupo que imortalizou Freddie Mercury, na minha opinião, foi mais que uma prevenção contra revolta de fãs da formação clássica do Queen. Foi uma atitude muito bem tomada de respeito. Pois, pra mim, o Queen sem Freddie Mercury não é o Queen. A identidade criada entre esses dois nomes é tão grande que um Queen sem Freddie Mercury seria o mesmo que um Van Halen sem os irmãos Eddie e Alex Van Halen. É algo impensável.

E a novidade desta semana ficou por conta da notícia de que o “juntado” Queen + Paul Rodgers vai a estúdio para gravar e lançar material inédito. Nada contra, pois, ainda bem, o disco vai ser assinado com o nome de Queen + Paul Rodgers. O álbum provavelmente vai se chamar Cosmos Rocks e não teve a tracklist confirmada ainda. O estranho é que a única coisa mercenariamente confirmada sobre o disco é que ele já está à venda, ou melhor, pré-venda, no site da banda.

Vamos combinar: Paul Rodgers não é aquilo tudo como cantor. Ainda mais se comparado a um dos grandes expoentes da voz na história da música, o Freddie Mercury. Aliás, não há como comparar. Por isso é importante deixar essas comparações de lado e separar a carreira do Queen em duas fases bem distantes uma da outra: com Freddie e com Paul. Queen + Paul Rodgers não é o Queen! Não tem Freddie Mercury!